segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pró-Sinos entrega premiação de educação ambiental

segunda-feira, 25 de outubro de 201013:50

Divulgação Pró-Sinos

O Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Pró-Sinos) realiza a premiação dos ganhadores do concurso da 1ª Mostra de Trabalhos do Programa de Educação Ambiental e da 1ª Mostra de Trabalhos da Agenda 21. No dia 20 de outubro aconteceu a primeira premiação com um passeio a Gramado. Já a segunda atividade será no dia 10 de novembro.

Os ganhadores são estudantes e educadores das redes públicas municipal e estadual de cidades consorciadas ao Pró-Sinos que apresentaram os melhores trabalhos de conscientização ecológica e educação ambiental. O Programa de Educação Ambiental é apoiado com recursos financeiros do Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA (Ministério do Meio Ambiente - Governo Federal). Esta edição do prêmio conta também com o apoio do Ministério Público de Gramado, da Secretaria do Meio Ambiente de Gramado e das prefeituras consorciadas.

Veja quais são as escolas premiadas:

Categoria Mostra de Trabalhos
1º lugar: IGREJINHA
Solidariedade com valorização da autoestima e consciência ecológica.
2º lugar: NOVO HAMBURGO
Composteira Comunitária
3º lugar: NOVA SANTA RITA
A integração entre instituições


Categoria Agenda 21
1º lugar: IGREJINHA
EMEF Prefeito João Darcy Rheinheimer
Educação Ambiental e cidadania: a comunidade do educandário João Darcy Rheinheimer
2º lugar: NOVA SANTA RITA
EMEF Miguel Couto
Agenda 21 Escola Miguel Couto
3º lugar: TAQUARA
EMEF Dr. Lauro Hampe Müller
Patrulheiros Ecológicos em ação

Categoria Arte
1º lugar: SAPIRANGA
Música e teatro: "Poltrona Velha que caiu no mar"
2º lugar: SÃO LEOPOLDO
Música: Rapciclando
3º lugar: ESTÂNCIA VELHA
Teatro: Performance da natureza

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010






Nome/Espécie : Calopsita (no Brasil)
Caturra (em Portugal)
Cockatiel (na língua inglesa)
Perruche calopsitte (na língua francesa)
Lorito de Copete (na Espanha)

Família : Cacatuidae

Ordem : Psittaciformes

Origem : Nativos da Austrália, aonde podem ser vistos na natureza, vivem em regiões áridas e semi-áridas do país. Ave nômade, costuma voar em bandos acompanhando o ciclo das chuvas, em busca de alimentos. A reprodução ocorre no período das chuvas, pois a criação de filhotes fica ajustada à disponibilidade de grãos e frutos justamente nessa época.

Caracteristicas : A calopsita é um pássaro que vem conquistando cada vez mais as pessoas pelo seu jeito amigável e interativo, principalmente quando domesticado. Apegam-se facilmente aos seus donos e os reconhecem de longe. Muito participativas e brincalhonas, são alegres e divertidas! É considerada uma ave sociável, pois convivem bem com algumas espécies menores, desde que instalados em espaço adequado.
Tamanho : 30 cm (em média, quando adultos)

Peso : 85-120 gramas

Longevidade : variável, dependendo se na natureza ou em cativeiro, podem chegar a 25 anos aproximadamente

Maturidade sexual : por volta dos 12 meses de vida

Reprodução : ano todo

Postura : 3 a 7 ovos (média)

Incubação : de 18 a 23 dias



Observação importante :


Pela legislação ambiental brasileira, a calopsita é considerada ave doméstica, conforme portaria nº 93 do Ibama.

Aves domésticas são aqueles que, através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e melhoramento zootécnico, tornaram-se domésticos, possuindo características biológicas e comportamentais em estrita dependência do homem, podendo inclusive apresentar aparência diferente da espécie silvestre que os originou. Portanto, a calopsita não é uma ave cuja criação, comércio e posse é controlado pelo IBAMA.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Minha nova paixão


A calopsita ou caturra (Nymphicus hollandicus) é uma ave que pertence à ordem dos Psitaciformes e à família Psittacidae. Natural da Austrália, a espécie foi descrita pela primeira vez em 1792.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A FEBRE DE GAIA
José Lutzenberger, julho de 2000
Tradução: Lilly Lutzenberger do original GAIA’S FEVER*



A faixa de temperaturas nas quais a Vida pode existir e florecer, isto é, a faixa de temperaturas que torna possível a bioquímica, a química das proteínas, carbohidratos, hidrocarbonetos, ácidos nucléicos, a construção de células vivas e organismos, a qual é também a faixa na qual a água pode coexistir em suas três fases físicas – líquida, gasosa e sólida – é extremamente estreita, se comparada com as temperaturas que prevalecem no Universo como um todo.

Estas variam desde perto do zero absoluto, 273ºC negativos, no espaço interplanetário ou em planetas distantes como Netuno e Plutão, até entre 400 e 500ºC positivos em Vênus; aproximam-se dos 20 a 40°C negativos no verão, ao meio-dia, na linha do Equador de Marte; vão a aproximadamente 6000°C na superfície de nosso Sol, perto de 20 milhões de °C em seu interior; mais, muito mais ainda, na superfície de estrelas maiores e chegando a bilhões de °C nas fornalhas de estrelas em implosão – as supernovas.

Tivéssemos de representar este alcance de temperaturas sobre uma linha na qual cada grau fosse um milímetro, esta teria um comprimento de várias centenas de milhares de quilômetros, ela iria a uma distância muito além da Lua.

A faixa propícia para a Vida vai de alguns graus abaixo de zero, onde a Vida só sobrevive em repouso, até aproximadamente 80 graus positivos para alguns poucos organismos - certas bactérias e algas que conseguem viver em vertentes quentes nos precipícios marinhos e nos geisers, o que totaliza uma faixa de aproximadamente 100°C. Se aplicada na referida linha, ela cobriria uns dez centímetros. Dez centímetros sobre várias centenas de milhares de quilômetros!

Desde esta perspectiva, percebemos o quanto é precioso nosso mundo. Ele se torna mais precioso ainda quando aprendemos que a Vida foi capaz, ao longo de mais de 3,5 bilhões de anos, de contrarrestar forças que tendiam a tornar a Terra muito mais quente ou muito mais fria. Sabemos, por considerações cosmológicas, que o Sol é atualmente de 20 a 30% mais quente do que era quando a Vida começou a se estruturar nos oceanos primordiais. Nosso planeta poderia ter acabado numa situação de descontrolado efeito estufa, como em Vênus: um pouco menos quente, mas, ainda assim, com ao redor de 200°C positivos. Os oceanos teriam se evaporado.

Ou se, por alguma razão, na época das primeiras manifestações de Vida, com o Sol ainda mais frio, houvesse nebulosidade demais, o desequilíbrio poderia ter ido em sentido contrário. O albedo elevado - isto é, a refletividade aumentada para a luz – teriam refletido grande parte da energia solar incidente de volta para o espaço sideral. Menos calor, mais neve, mais albedo ainda, menos calor ainda. A Terra poderia ter se tornado uma bola coberta de neve. Em qualquer dos casos, Gaia nem teria se tornado realidade ou teria perecido logo.

No entanto, conscientemente, estamos bagunçando todos os mecanismos de controle climático - com dióxido de carbono demais, metano, óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, freons, hidrocarbonetos, desmatamento e desertificação. Por quanto tempo poderemos abusar do sistema? Quanto tempo demorará Gaia para ficar com febre? Será mesmo necessário que conheçamos todos os detalhes para começarmos a agir?

Quando as coisas começarem a dar errado, elas não precisam descontrolar-se completamente. Não precisamos chegar a outra era glacial ou derretimento das capas de gelo na Groenlândia e Antártida, com inundação das maiores cidades e territórios de elevada densidade populacional. A exacerbação das irregularidades climáticas que já se verificam, breve nos colocará numa situação na qual não mais poderemos contar com colheitas seguras. Atualmente, somos ao redor de 6 bilhões de humanos. As reservas de alimentos estão diminuindo. De que nos serviria um clima de praia em Spitzbergen, se não tivermos mais o suficiente para comer? E o que dizer das convulsões sociais, revoluções e guerras que resultariam daí, com figuras como Saddam Hussein e outros tendo acesso a armas de destruição em massa?

O que para Gaia, ao longo de seus 10 bilhões de anos de expectativa de vida e com pelo menos mais 5 bilhões pela frente, poderia ser apenas uma leve e passageira febre, talvez representasse o fim da civilização para nós.

Uma pessoa sábia talvez arrisque aprender com seus erros, mas ela certamente evitará experimentos nos quais, se derem errado, as conseqüências serão inaceitáveis e irreversíveis. Como podemos fazer os poderosos compreenderem que a Moderna Sociedade Industrial está embarcada precisamente neste tipo de experimento?

* publicado em inglês, na revista ambientalista britânica
"The Ecologist", volume 29, n°2, março/abril de 1999

quinta-feira, 29 de abril de 2010

TEIÚ


Nome científico: Tupinambis teguixin
Há também o teiú-do-cerrado (Tupinambis merianae)


Outros nomes populares de etimologia tupi-guarani: tuu, teiú, teijú, tiú, tejú-guasú, tejú-tará, tejú-guasú-tará (camaleão), teiú-oby (verde ou azulado), tejú-tinga (branco) tejú-pytá ou piranga (vermelho), tejú-kuatiá (pintado), tejú-pará...
Ordem: Squamata
Família: Teiidae
Distribuição geográfica: Do sul do Amazonas ao norte da Argentina. Em quase toda a América do Sul, exceto a oeste dos Andes.
Hábitat: Florestas, cerrados e caatingas
Hábitos alimentares: Onívoro. Ele come frutas, ovos e insetos.
Reprodução: Desova entre 30 e 36 ovos por postura, que eclodem após 60 a 90 dias de incubação. Outro dado: 4 a 8 ovos, postos num cupinzeiro.
Período de vida: Aproximadamente 16 anos.
O teiú é o maior lagarto da América do Sul e bastante comum, mesmo em áreas já exploradas pelo homem, vivem em buraco e preferem morar em sítios e chácaras, perto das casas, para se aproveitar dos restos de comida, dos quais se alimenta.
Acusado de invadir galinheiros para roubar ovos, é largamente caçado no interior e sua carne tem fama de ser boa, muito parecido com a carne de galinha. Embora tenha uma pele bonita, que resulta em um couro de qualidade, como anda disperso, nunca foi abatido com fins comerciais.
Mede quase 2 metros comprimento, da ponta do focinho até a cauda. A cauda do teiú é maior que seu corpo, e é usada como arma funcionando como um chicote que dá dolorosas lambadas nos seus inimigos, embora uma mordida desse lagarto também possa machucar. Como a maioria dos animais silvestres, porém, o teiú não enfrenta o homem, mas foge quando se sente ameaçado.
Bom nadador e capaz de subir em árvores, o teiú não hesita em trepar num arbusto para capturar grilos, borboletas, ou mesmo pequenos vertebrados. Para desovar, entretanto, prefere o solo e geralmente a fêmea abre um buraco num cupinzeiro para pôr os ovos.
Essa estratégia garante uma proteção extra, porque rapidamente os cupins fecham o buraco aberto em sua moradia, e assim os ovos incubam protegidos de qualquer predador.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Por Redação [Quinta- Feira, 10 de Dezembro de 2009 às 12:49hs]


Um pouco por todo o lado, encontram-se bancas informativas, petições e exposições das mais diversas causas, desde os direitos dos indígenas ao vegetarianismo, passando pelos direitos dos trabalhadores. Um grupo da ActionAid, uma ONG de combate à pobreza, veste-se de cor-de-rosa e óculos de sol. São os cobradores da dívida ecológica e andam atrás dos mais ricos para os forçar a compensar os mais pobres pela destruição do seu ambiente. O debate sobre capitalismo e alterações climáticas tem a sua sequência hoje, com a apresentação dos vários grupos envolvidos nas mobilizações pela justiça climática. O Climate Justice Action (Ação pela Justiça Climática) formou-se no ano passado como uma rede de movimentos com o fim de preparar as manifestações para esta Conferência das Partes. O esforço é complementado pelo Climate Collective (Colectivo pelo Clima), uma rede de movimentos dinamarqueses. Na apresentação das ações de protesto foi constante o tom crítico em relação às tentativas da parte dos países ricos para minar qualquer acordo vinculativo e para expandir o comércio de carbono. Na mesma linha de pensamento, a campanha Hopenhagen foi catalogada como greenwash. Esta campanha junta várias empresas, incluindo a Vattenfall, que opera várias centrais a carvão, a Siemens e a Coca-Cola, e pretende vender a ideia de que estas empresas estão muito interessadas em que um acordo justo e eficaz seja assinado na reunião. Noutra sala, o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais denuncia como a indústria ligada às florestas está conseguindo que as negociações climáticas tratem monoculturas de árvores como florestas. O que isto implica é que uma empresa que arrase uma floresta virgem para plantar uma monocultura de eucaliptos ou de palma pode receber créditos de carbono pela suposta redução de emissões. Por outro lado, as incertezas relativas à quantidade de dióxido de carbono sequestrado pelas florestas (a margem de incerteza pode ir até 500%) têm sido ignoradas. Este movimento tem estado também ativo na denúncia da forma como questões relacionadas com os direitos dos indígenas têm sido ignoradas nas discussões sobre florestas. Como consequência, empresas ligadas à compensação de emissões podem expulsar das suas florestas as pessoas que lá vivem, como se fossem eco-criminosos. A conversa conta com vários indígenas de todo o mundo na plateia, vestidos com as suas coloridas roupas tradicionais. À medida que os dias passam, o Klima Forum tem cada vez mais gente e apresenta uma amostra cada vez mais representativa dos povos do mundo. O debate continua com uma sessão sobre os limites de crescimento. Tim Jackson falou do seu já famoso relatório “Prosperity without growth”. Trata-se de um estudo realizado ao abrigo da Sustainable Development Comission, um órgão de aconselhamento do governo britânico, que defende a reformulação da economia, de forma a que possamos viver bem dentro dos limites impostos pela escassez de recursos naturais. Sem entrar num discurso negativista, Tim defendeu o fim da cultura individualista e materialista e a recuperação do sentido dos bens públicos e dos espaços públicos. Mais prático foi o discurso de Sophy Banks, do Transitions Towns Movement. As cidades de transição são locais onde as pessoas encontram em conjunto formas de reduzir o consumo de energia e de recursos de forma a ter mais resiliência, abundância e uma vizinhança mais agradável. O exemplo que Sophy deu, de Totne, Reino Unido, mostra como uma comunidade pode ganhar o poder para conseguir uma mudança real. No fim do dia, chega a comitiva da Caravana da Justiça Social e Climática. Esta caravana juntou 60 ativistas de movimentos sociais na ligação entre os protestos contra a OMC em Genebra e os atuais protestos em Copenhague. A sua chegada foi motivo de aplauso. Fora do Klima Forum, nada de novo. A Organização Meteorológica Mundial avisou que esta será a década mais quente de sempre, sendo o ano de 2009 o quinto ano mais quente desde que há registros. Mas não é de prever que isto tenha qualquer efeito nas posições dos negociadores internacionais. Continua também a repressão policial. Durante a noite, às 3 da manhã, cerca de 200 polícias invadiram o centro Ragnhildgade, onde é dado alojamento gratuito aos ativistas, confiscando vários materiais e ferramentas com os quais se tentava criar melhores condições de alojamento. Mais notícias sobre o que se passa aqui podem ser vistas no segundo número do Climate Chronicle , onde se encontram também um artigo da Naomi Klein e uma entrevista com Annie Leonard, realizadora do “The story of cap and trade”.
Publicado por
Esquerda.net.